quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Série Vale a pena ler de novo: A Cidade do Sol



Título original: A Thousand Splendid Suns
Autor:  Khaled Hosseini
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2007
Número de páginas: 364
Classificação: 5 estrelas

Sinopse: 

Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rashid, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela história, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a história continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.



— Tem dias em que me dá vontade de ir embora.
— Para onde?
— Para qualquer lugar em que seja fácil esquecer.


Nem sei como começar a descrever esse livro, porque não dá para pôr em palavras tudo que A cidade do Sol me fez sentir, mas só posso dizer que Khaled Hosseini mais uma vez me surpreendeu, me emocionou e me fez devorar esse livro segundo a segundo, página por página e depois do fim ficar com uma ressaca literária terrível.

O livro conta a história de duas mulheres fantásticas: Mariam e Laila, personagens fictícios mas com certeza inspirados em histórias reais que acontecem até hoje na vida de muitas mulheres afegãs.


Só há uma coisa na vida que precisamos aprender, e ninguém ensina isso nas escolas. A capacidade de suportar.


Mariam é um doce, foi a personagem que mais me cativou em todo o livro pra não dizer de todos os livros que já li. Ela é pobre e mora com a mãe solteira, pra nós isso pode soar normal, vemos tantas mães solteiras, mas lá no Afeganistão isso não era nem um pouco bem visto. A mãe de Mariam, Nana, teve um caso com seu patrão e então engravidou, para fugir da vergonha Jalil, um homem rico de muitas posses, mandou Nana e Mariam para um lugar a esmo, longe de toda a cidade.


Aprenda isso de uma vez por todas, filha: assim como uma bússola precisa apontar para o norte, assim também o dedo acusador de um homem sempre encontra uma mulher a sua frente. Sempre. Nunca se esqueça disso.

  
Lá Mariam viveu até seus quinzes anos isolada de tudo e de todos na companhia de sua mãe uma mulher cheia de mágoas e rancores, seu pai vinha visitá-la uma vez por semana e o sonho de Mariam era morar com Jalil. Quando a mãe de Mariam morre e ela vai morar com o pai ela viu todos os seus sonhos e planos de menina se desvanecerem no ar rapidamente como o vapor de uma chaleira fervendo. O pai tão amoroso se transforma num carrasco por conta de suas outras mulheres que não aceitam a presença da menina em sua casa. Mariam então é dada a casamento para Rashid, um homem velho, que em pouco tempo se tornou seu maior pesadelo.


O passado só continha uma certeza: o amor era um erro nocivo, e sua cúmplice, a esperança, uma ilusão traiçoeira.


Depois de conhecermos Mariam o autor nos leva para conhecer Laila, uma menina inteligente que é o maior orgulho de seu pai, um  professor universitário, que a incentivava a estudar e ser o que quisesse quando crescer. Laila tinha um amigo chamado Tariq, e no decorrer do livro Hosseini descreve com toda sua sutileza o início do amor dos dois, um sentimento puro mas ao mesmo tempo arrebatador. Com a chegada dos talibãs ao poder, muitas famílias se vêem obrigadas a deixar seu país e é isso que Tariq e sua família faz, os pais de Laila também decidem sair de Cabul mas algo terrível acontece e é aí que o destino de Laila se cruza definitivamente com o de Mariam.

Laila se torna a segunda esposa de Rashid e no início a relação delas duas não é muito boa, mas isso não dura muito, em um curto espaço de tempo uma amizade linda, pura, cheia de verdade nasce entre elas, um sentimento que une a alma das duas até o fim na luta contra os maus tratos de Rashid e contra o sistema opressor do Afeganistão dominado pelos Talibãs.


Laila se convenceu de uma verdade: de todas as dificuldades que uma pessoa tem de enfrentar, a mais sofrida é, sem dúvida, o simples ato de esperar.


Hosseini é um verdadeiro mago das emoções e esse livro veio para confirmar ainda mais isso depois do aclamado pela crítica “O Caçador de Pipas”, não pensei que um livro fosse mexer tanto comigo quanto o primeiro do autor, mas A Cidade do Sol conseguiu me arrebatar de uma tal forma que depois de lê-lo fiquei extasiada, absorvida por toda aquela história que de uma forma fantástica pra mim se tornou real enquanto eu foliava o livro.

Não posso dizer mais nada a não ser isso: LEIA! Independente do seu estilo de leitura A Cidade do Sol não tem fronteiras, foi escrito para todos! É uma lição, um soco no estômago, um afago na face, um suspiro de alívio, é uma torrente de emoções, das mais variadas, você vai lê, relê, comentar com seus amigos e ainda se emocionar ao mencioná-lo pela milésima vez!


 “E seguiu tocando a vida. Porque, no fundo, sabia que era tudo o que podia fazer. Viver e ter esperança.”





2 comentários:

  1. É muito linda a história do livro. Já li ele faz um bom tempo, mas acho que vou reler.
    Gostei da resenha, beijos.
    http://detudoumpoucodany.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Oiii Dany realmente é muito linda e vale à pena reler!
      Parabéns pelo blog e volte sempre! #Kamylla

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